A viagem inaugural local da Fundação FAM tem como objetivo explorar os ecossistemas complexos presentes no oceano, formados por macroalgas, plantas e diversos organismos marinhos, como esponjas e corais. Estes ecossistemas oferecem recursos valiosos, abrigo e servem como áreas de reprodução para inúmeras espécies marinhas.
O objetivo da viagem foi conhecer a investigadora e empreendedora social reconhecida Raquel Gaspar, da cooperativa Ocean Alive, no estuário do Sado.
FUNDADORA DA OCEAN ALIVE
Raquel Gaspar, co-fundadora da Ocean Alive, é doutorada, bióloga marinha e Exploradora da National Geographic. É uma empreendedora social inspiradora, que criou a primeira cooperativa em Portugal dedicada à proteção do oceano.
“Quando estava no 9.º ano, tive uma professora de biologia muito especial, que conseguiu despertar a minha paixão pela natureza. Nesse ano, criei o sonho de ser bióloga marinha, e hoje faço o que amo: proteger o mar, envolvendo mais pessoas nesta missão.”
A Ocean Alive trabalha na proteção do oceano através de projetos de educação marinha e atividades que promovem mudanças de comportamento. A sua ação foca-se no estuário do Sado, onde as pradarias marinhas servem de berçário tanto para as presas da população residente de golfinhos, como para os peixes e mariscos dos quais a comunidade piscatória local depende para a sua economia.
IMPACTO SOCIAL E AMBIENTAL
A Ocean Alive tem como objetivo salvaguardar as pradarias marinhas envolvendo as mariscadoras locais, conhecidas como Guardiãs do Mar. Esta missão é cumprida através de programas de educação marinha, campanhas de sensibilização e monitorização do impacto do projeto nas pradarias marinhas.
“Todas as nossas atividades têm um impacto positivo na preservação das pradarias marinhas e no empoderamento das mulheres na comunidade piscatória do estuário do Sado.”
A Ocean Alive é parceira institucional da UNESCO e contribui para os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável): ODS 14 – Conservar e usar de forma sustentável os oceanos; ODS 5 – Alcançar a igualdade de género e empoderar todas as mulheres e raparigas; ODS 13 – Adotar medidas urgentes para combater as mudanças climáticas e seus impactos; e ODS 4 – Garantir educação inclusiva, equitativa e de qualidade para todos.
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), também conhecidos como Objetivos Globais, foram adotados pelas Nações Unidas em 2015 como um apelo universal à ação para erradicar a pobreza, proteger o planeta e garantir que, até 2030, todas as pessoas desfrutem de paz e prosperidade.